DESAFIO

Como transformar uma aventura em um modelo de negócio sustentável? Esta foi a pergunta norteadora que motivou o primeiro trabalho com a Natural Extremo, no início de 2019. A parceria com a ReBLUE surgiu da necessidade de criar uma jornada de consultoria personalizada, com objetivo de construir um modelo de negócio atrelado ao modelo de impacto, desenvolver e validar o principal serviço (Salto de Pêndulo) e desenhar uma estratégia de entrada no mercado.

FERRAMENTAS E SOLUÇÃO

Nossas principais ferramentas aqui foram o tempo, propósito e as pessoas. Ao todo, passamos um ano trabalhando em estreita colaboração neste projeto com o time da Natural Extremo. Estabelecemos um ambiente seguro de cooperação para trocar conhecimentos e propor soluções. Uma jornada fluida de construção da empresa, passando pelos estágios de desenvolvimento e contágio. Criamos um fluxo de inovação completo, valorizando a construção coletiva, a criatividade, exploração e empatia. Resumimos esta trajetória e vamos contar como organizamos a agenda de trabalho a fim de escalar a ideia inicial e formatar um modelo de negócio sólido.

O primeiro passo foi de diagnóstico do setor de turismo de natureza e aventura, estruturamos um Business Sprint completo para confrontar informações com os sócios. Captamos as suas percepções sobre o segmento e, desta forma, adquirimos uma visão completa sobre as bases do projeto. Além disso, mapeamos todos os produtos de aventura disponíveis na região sul do Brasil e fomos a campo para conhecer a geografia de potenciais locais a serem explorados.

O Salto de Pêndulo teve inspiração no Highline, que é uma das quatro modalidades do Slackline, sendo a vertente mais desafiadora. O esporte consiste basicamente em equilibrar-se em uma fita ancorada a mais de 10 metros de altura e pode ser praticado entre formações rochosas, cânions e prédios. Pela descrição, você já deve ter percebido que o Highline não é para qualquer um, pois a altura da fita em relação ao solo gera riscos que precisam ser conhecidos e superados com equipamentos e preparação. Foram estes gatilhos que originaram o Salto de Pêndulo, motivando o atleta profissional Rafael Bridi a utilizar toda sua bagagem de montagem de highlines ao redor do mundo para elaborar um sistema inédito, possibilitando às pessoas sentirem a adrenalina que é ficar na beira de um penhasco.

A segurança foi definida como regra inegociável neste projeto. O Salto de Pêndulo passou por uma bateria de medições, cálculos, testes e experimentos, tudo para conseguirmos simular todas as variáveis possíveis até chegarmos em um sistema confortável e 100% confiável. Mergulhamos profundamente nas informações de cada equipamento e participamos de treinamentos de segurança em altura, melhorando técnicas e procedimentos.

Quando a equipe técnica, incluindo engenheiros contratados, emitiram todos os pareceres e Anotações de Responsabilidade Técnica - ARTs, nós fizemos um evento teste para ver de perto qual seria a reação das pessoas. Foi ali que descobrimos que o Salto de Pêndulo poderia ir muito além da adrenalina de saltar de um penhasco em queda livre. Os feedbacks foram além do que esperávamos. A atividade de aventura tinha potencial para se tornar uma ferramenta de transformação, visto que as pessoas estavam ali para enfrentar seus medos e quebrar paradigmas.

Nós voltamos inspirados. As respostas coletadas foram o impulso para estabelecermos um modelo de negócio conectado ao modelo de impacto. Nós revisamos toda a informação mapeada, analisamos criteriosamente os hábitos e preferências do nosso público alvo e cruzamos com as propostas de valor. Foi assim que desenhamos a operação interna, pensando na experiência que gostaríamos de entregar para o cliente final.