As empresas enfrentam uma infinidade de situações todos os dias, mas do que adianta identificar e apontar padrões sem imaginar os potenciais caminhos para evoluir? Foi esse pensamento que me fez entrar em movimento, desafiar algumas crenças e embarcar em mais uma jornada de transformação.
Fui buscar os conhecimentos exigidos pelo século XXI, aqueles que poderiam agregar na minha formação no campo administrativo. Encontrei nos estudos e na observação de novas práticas um caminho fértil para obter uma visão sobre a inovação, até que mergulhei no DESIGN. Mas design? Design não tem a ver com moda? Arquitetura? Arte? Identidade visual?
A ≥ V M A
“O aprendizado deve ser maior ou igual a velocidade de mudança do ambiente.”
Sim, mas antes disso, o design é função, tem objetivos a cumprir e é concebido para resolver necessidades. Pronto, foi a partir daí que afastei minha primeira crença. E quando entendi o pensamento de design para além da questão estética, comecei a explorar mais conceitos transversais e que poderiam dar amplitude à minha atuação profissional.
A partir daí ficou muito claro que nós precisávamos incorporar os conceitos e práticas de design dentro do modelo de negócio da ReBLUE. Fomos buscar o exemplo japonês, que constrói uma relação com os princípios de design desde o início da trajetória escolar. É desta forma que conseguem incluir sua essência na rotina, no dia a dia das pessoas e tirar proveito de suas inúmeras utilidades.
Nós percebemos que se as empresas são formadas por pessoas, desafios, projetos e soluções, sua relação com o design é direta. Era a hora de injetar os princípios do design no nosso cérebro e colocar seu processo bem mais próximo do coração da ReBLUE. Foi nesse estágio que desenvolvemos um sistema de trabalho capaz de extrapolar o futuro, desenhar cenários e desenvolver soluções de impacto.
Decidimos então nos posicionar como uma consultoria especializada em Business DESIGN. Essa é a nossa lente, que uma vez colocada conseguimos enxergar as pessoas, os negócios e a sociedade com outras perspectivas. Esse foi o meio que aproximou a vida pessoal e a minha rotina de trabalho, trazendo um propósito genuíno ao unir o pensamento analítico e a criatividade.
Esse DESIGN com letras maiúsculas é uma área relativamente nova, nascida na era digital, que representa a fusão entre a gestão e o design com objetivo de criar experiências amigáveis à usuários de determinado produto ou serviço. O DESIGN surgiu devido a natureza da internet, que trouxe aspectos imprevisíveis sobre quando, onde, como e por quem um produto será utilizado.
Um website, por exemplo, pode ser acessado em qualquer lugar do mundo e através de vários dispositivos, como: computador, celular ou tablet. Nesse caso é muito mais relevante projetar a usabilidade do que a perfeição estética em design. Sacou? A Apple colocou o DESIGN dentro da sua estratégia para promover a melhoria contínua dos seus dispositivos à medida que a tecnologia evolui, oferecendo atualizações periódicas que mantém a proposta de valor e a relação com o cliente.
Ao analisar a tabela, é possível perceber diferenças drásticas entre o business thinking e o design thinking. No entanto, encontrando equilíbrio, multiplicam-se as possibilidades de construir modelos de negócio que fogem da indústria convencional. As abordagens de gestão já nos trouxeram até aqui e agora é o DESIGN que está no volante, transformando a forma como as empresas e as pessoas trabalham.
"As abordagens mais antigas de gestão já nos trouxeram até aqui e agora é o DESIGN que está no volante, transformando a forma como as empresas e as pessoas trabalham."
Administradores e designers são multidisciplinares. Somos percebidos como solucionadores de problemas e temos vários pontos de ligação para atuar de forma associada. Utilizando um mindset agregador e juntando ferramentas diferentes, como a gestão e o design, a ReBLUE consegue acessar referências para desenvolver jornadas personalizadas de consultoria.
Arquitetamos soluções inovadoras porque gostamos de especular sobre tudo, gostamos de favorecer a fluidez durante o processo de investigação, valorizando a criatividade e a construção coletiva. É assim que conseguimos libertar as ideias e propor soluções possíveis, que chegam muito perto da realidade no ponto de vista da aplicação e usabilidade.
Pedro de Almeida Fundador e Business Designer na ReBLUE